Histórico
O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Leo Kanner, médico psiquiatra e austríaco, em seu artigo “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”. Em 1944, Hans Asperger, médico pediatra e austríaco, escreve outro artigo com o título “Psicopatologia autista na infância”. Atualmente, atribui-se tanto a Kanner quanto a Aspeger a identificação do autismo. Os primeiros estudos apontavam que o autismo era um distúrbio causado por pais emocionalmente distantes.
Em 1952, a Associação Americana de Psiquiatria publicou a primeira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais DSM-1. Nesta edição, os sintomas do autismo eram classificados como um subgrupo da esquizofrenia infantil.
Em 1978, o psiquiatra Dr. Michael Rutter classifica o autismo como um distúrbio do desenvolvimento cognitivo com base em quatro critérios: atrasos e desvios sociais, problemas de comunicação, comportamentos incomuns e início antes dos 30 meses de idade.
Em 1980, a crescente produção científica sobre o autismo influenciou a elaboração do DSM-3. Nesta edição do manual, o autismo é reconhecido como uma condição específica e o classifica como um “Transtorno Invasivo do Desenvolvimento”.
Em 1981, a psiquiatra Dra. Lorna Wing desenvolveu o conceitos de autismo como um espectro e definiu o termo “Síndrome de Asperger”, em referência à Hans Asperger. Seu trabalho revolucionou a forma como o autismo era considerado e proporcionou melhor compreensão e serviços para portadores e suas famílias. Durante a década de 80, a terapia comportamental e os ambientes de aprendizagem altamente controlados emergem como os principais tratamentos para o autismo.
Em 1994, novos critérios foram avaliados para o autismo com um estudo internacional, com mais de 1000 casos analisados. A Síndrome de Asperger foi adicionada ao DSM, ampliando o espectro do autismo, passando a incluir casos mais leves, nos quais os indivíduos tendem a ser mais funcionais.
Em 2015, o DSM-5 abrande todas as categorias do autismo em um único diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Síndrome de Asperger não é mais considerada uma condição separada.